Aeronave teria voado por mais quatro horas após sumir dos radares
Investigadores norte-americanos suspeitam que o vôo MH-370 da Malaysia Airlines permaneceu no ar por mais quatro horas após ter desaparecido dos radares. Ainda não se sabe a direção que o Boeing tomou durante este suposto tempo extra de viagem, mas ele poderia ter chegado até a fronteira com o Paquistão, na região do Mar da Arábia.
Segundo informações do jornal americano The Wall Street Jounal, suspeita-se que o avião voou um total de cinco horas com base em dados enviados automaticamente pelas turbinas do Boeing, como parte de um programa de monitoramento de rotina.
Equipes de combate ao terrorismo dos Estados Unidos estão agora investigando possibilidade de o avião ter sido sequestrado e levado a um local desconhecido com a intenção de usá-lo mais tarde para outra finalidade.
Os especialistas do governo também consideram a possibilidade de que o piloto ou alguma outra pessoa a bordo da aeronave tenha desligado o transponder do avião para evitar que ele fosse detectado por radares de outros países.
Caso o avião tenha permanecido no ar por cinco horas, a partir da decolagem em Kuala Lumpur, isso significa que o Boeing 777 teria sido capaz de voar por cerca de 4.000 km, podendo chegar até a fronteira do Paquistão.
Por outro lado, autoridades da Malásia disseram na quinta-feira (13) que não há indícios de que o avião tenha voado durante horas e continuado a transmitir dados técnicos depois de perder contato com o controle de tráfego aéreo.
Mas o ministro malaio dos Transportes, Hishammuddin Hussein, disse em entrevista coletiva que "no que diz respeito à Rolls-Royce (fabricante das turbinas) e à Boeing, esses relatos são imprecisos".
A Reuters havia noticiado anteriormente que a transmissão de dados técnicos pelo avião havia cessado depois da perda de contato com o controle de tráfego aéreo.
O voo MH-370, que ia de Kuala Lumpur a Pequim, sumiu da tela dos controladores por volta de 1h30 de sábado, menos de uma hora depois de decolar. Não há relatos de mau tempo ou problemas mecânicos.
Seis dias depois, não há nem sinal do avião, num dos mais intrigantes mistérios da história moderna da aviação. Mais de uma dúzia de países participa das buscas com aeronaves e embarcações numa área de 93 mil km², abrangendo os oceanos Índico e Pacífico.
Na sua última aparição comprovada nas telas de radar, o avião voava para nordeste, atravessando a entrada do Golfo da Tailândia.
Na quarta-feira (12), o chefe da Força Aérea da Malásia disse que radares militares haviam detectado a possível presença do avião ao sul da ilha tailandesa de Phuket, no extremo norte do estreito de Malaca, centenas de quilômetros a oeste da sua última posição conhecida. Ele salientou, no entanto, que essa localização não havia sido confirmada.
Se a versão apresentada por Rodzali Daud for correta, o avião teria voado por cerca de 45 minutos e descido apenas cerca de 5.000 pés (1.500 m) depois de ser detectado pelo radar civil no Golfo da Tailândia.
Significaria também que o avião fez uma curva acentuada para oeste em relação à rota original, percorrendo centenas de quilômetros sobre a península da Malásia na direção do mar de Andaman, até um ponto intermediário entre a ilha turística de Phuket, o extremo norte da ilha indonésia de Sumatra e o arquipélago indiano de Nicobar.
No sexto dia de buscas, as equipes vasculharam uma área marítima onde um satélite chinês havia detectado a possível presença de destroços. Nada foi encontrado, e Hishammuddin disse que essas imagens foram divulgadas acidentalmente.
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