O ano de 2014, o período anual que nos amarga por mais uma quadra de inverno que não existiu, chuvas brandas que retratam um verde lindíssimo para alimentar o gato, e a triste situação dos açudes de ficaram em mais um ano sem receber água. Baseado neste quadro invernoso, poderemos fazer uma reflexão do que será o ano de 2015. Seria muita coincidência pensarmos que, em 1930, ano do lançamento da primeira obra literária de Raquel de Queiroz, "O Quinze", uma cultura lírica que retrata em suas páginas uma das maiores secas que devastou o nordeste brasileiro, parece que viveremos as mesmas cenas.
O município de Ipu já amarga hoje a falta d'água, estamos vivendo o princípio de um período "choro" de ver nosso maior manancial, o Açude do Bonito totalmente seco, o Araras, nossa maior referência em fornecimento d'água, em estado crítico. Amigos leitores, até agora, não temos ações concretas a nível de governo federal e estadual, iremos compadecer para a época da "lata na cabeça", voltando ao túnel do tempo dos famosos cacimbões que em épocas passadas, solucionavam amenamente o escasso líquido precioso, a única diferença em tudo isso, é que, a população de hoje é bem maior que em 1930. Tudo isso que estamos assistindo de camarote, está acontecendo em plena modernidade da eletrônica, da informatização dos computadores, da criação dos tabletes e da evolução ipods e smartfones.
Se não tivermos ações municipais já para o mês de agosto, período esse do final da quadra invernosa "fraca", não sei como viverá a terra de Iracema, Ipu com os seus 40.000 habitantes. A hora agora é cobrar soluções imediatas, não podemos ficar de braços cruzados, imaginando o imaginário de ações prometidas pelos governantes que usam o artifício da seca como benesses de campanhas eleitoreiras, haja vista mais uma visita da Presidenta Dilma no canteiro da tão sonhada "Transposição do Rio São Francisco" na última terça-feira (13), isso em plena ano de eleição. Vamos exigir soluções imediatas, chega de falsas promessas e de discursos, na sua maioria, "Provinciano", tem muito blá-blá-blá por aí, mais soluções concretas não passam de uma folha de papel.
É memorável o trabalho do empresário das construções, atual diretor do SAAE de Ipu, Elisafran Mororó, um lutador, sempre procurando solucionar o não solucionável da falta do líquido precioso. O diretor terá como um de seus grandes desafios, exigir dos governantes apoio e soluções imediatas, caso isso não venha acontecer, irá amargar a culpa e a condenação de um ato que não lhe foi outorgado. Será que não está na hora de colocar "Carros Pipa" amenizando alguns bairros da periferia da sede do município?
A falta d'água em Ipu já é uma realidade desde o ano de 2012, 2013 ela só complicou, 2014, a esperança ficou somente no sonho. Se as chuvas não banharem com mais intensidade em 2015 iremos amargar mais um holocausto da falta d'água que ficará nas páginas das grandes histórias de secas. Estamos diante de mais uma eleição, portando hora de cobrar apoio do que está por aí. Vamos acordar governantes!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário