sábado, 23 de agosto de 2014

EFEITO ESTUFA: 61% dos gases são de automóveis



Postado por ERandir santos , em 23 de agosto de 2014

Estudo realizado pela Seuma aponta ainda que o segundo maior emissor de gases é o lixo, com 25%

Levantamento feito pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) apontou que 61% dos gases causadores do efeito estuda, no ano de 2012, em Fortaleza, são oriundos dos automóveis. O segundo maior emissor é o lixo, ou resíduos sólidos, com 25%. Os dados foram divulgados ontem, durante a apresentação do Primeiro Inventário de Emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE).
Os dados mostram também que outros gases emitidos são de origem residencial (8%), comercial e institucional (4%), industrial e agricultura (2%). Segundo o gerente de mudanças climáticas da Associação Mundial de Governos Locais e Subnacionais Dedicados ao Desenvolvimento Sustentável (ICLEI), Igor Albuquerque, os problemas encontrados nas cidades que causam maior emissão de gases de efeito estufa envolvem atividades que consomem energia, uso de combustíveis fósseis, geração de gases devido ao lixo e impacto indireto do desmatamento.
"Fortaleza foi uma das cidades escolhidas por se tratar de uma Capital que possui um crescimento populacional significativo, tem tido um crescimento econômico bem relevante nos últimos anos, por ser altamente urbanizada, e, consequentemente, isso tem aumentando as emissões de gases de efeito estufa na região", explica.
O professor do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jeovah Meireles, afirma que não há como tratar dessas questões que envolvem o efeito estufa e a destruição da camada de ozônio a curto prazo. Para ele, é preciso pensar em medidas de longo e médio prazo.
"O que poderíamos pensar como uma solução mais imediata seria o não desmatamento das áreas verdes da cidade, que são capazes de capturar gases emitidos à atmosfera, como o dióxido de carbono", diz. Ele exemplifica, citando a diferença de temperatura entre os bairros Cocó e Damas, tendo o último pouca arborização e maior acúmulo de dióxido de carbono. "De Damas para o Cocó, a temperatura reduz 4 graus", afirma.
Tratamento
Conforme Meireles, é preciso introduzir, a médio e longo prazo, políticas ambientais que façam melhor tratamento do lixo, com mais aterros sanitários e menos lixões, bem como saneamento básico, investimento em transporte público e que não façam uso de combustíveis fósseis. Essas medidas, afirma o especialista, devem aumentar a qualidade do ar e dos recursos hídricos.
O especialista acredita, ainda, que esses dados apontados do ano de 2012 são bastante inferiores à situação atual. "Certamente esses valores já são ultrapassados por conta da crescente entrada de veículos na cidade, aumentando a emissão de gases poluentes", opina.
De acordo com o prefeito Roberto Cláudio, o objetivo é estabelecer um conjunto de políticas ambientais na cidade, e o estudo foi importante para apresentar os caminhos para isso. "O desafio é a poluição causada por veículos, e isso nos dá uma orientação de como agir preventivamente. O melhor caminho, nesse caso, é estimular, priorizar e qualificar o transporte público".
O Município prevê grupos de trabalho e criação de lei para definir um plano de ação.
Patrícia Holanda
Especial para Cidade
Fonte: Diário do Nordeste

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