Mesmo recuando e fechando em R$ 2,87, a moeda norte-americana ainda está no maior patamar desde 2004
São Paulo/ Fortaleza. Após superar a cotação de R$ 2,90 no início da sessão, o dólar recuou e fechou estável no mercado cambial, ajudado por um alívio no cenário externo e também por operações de captação no exterior, que teriam pressionado em baixa a moeda americana.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou com leve queda de 0,14%, a R$ 2,873, ainda no maior patamar desde 25 de outubro de 2004. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, fechou estável em R$ 2,879, também no maior valor desde 25 de outubro de 2004.
O dia foi de instabilidade no mercado cambial. Logo no começo da sessão, a moeda americana subiu a R$ 2,90, no que seria sua quinta alta seguida. "Houve grande volatilidade no dia, mas a moeda mostrou resistência em R$ 2,90", avalia Fabiano Rufato, gerente-sênior da mesa de câmbio da Western Union.
"O mercado tem uma fatia que é especulação, pois há investidores que gostam dessa oscilação e volatilidade, mas tem uma parte que é fundamento. Houve uma resistência nesse patamar de R$ 2,90, os investidores não testaram acima desse nível", ressalta Rufato.
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Cenário internacional
O alívio na crise grega durou pouco e foi substituído pela incerteza em torno da apresentação da lista de reformas que o País pretende realizar dentro do acordo alcançado na sexta-feira com ministros das Finanças da zona do euro. Inicialmente, a Grécia apresentaria essa relação nesta segunda, mas adiou o anúncio para hoje.
Os mercados financeiros têm sido pressionados por preocupações com a possibilidade de os desentendimentos entre a Grécia e seus parceiros europeus levarem à saída de Atenas da zona do euro, em mais um golpe à recuperação econômica global.
Influência da retração
No cenário doméstico, os investidores analisaram a mais recente pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central entre economistas e instituições financeiras. De acordo com o boletim, a economia deve ter retração de 0,50% neste ano.
Apesar do maior cenário de aversão ao risco em relação ao real, há informações de que uma operação de captação da Petrobras no exterior teria pressionado em baixa a moeda americana. De acordo com operadores, a empresa teria captado US$ 1,8 bilhão, o que tornou o fluxo cambial favorável ao País.
Fonte: Diário do Nordeste
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