Dos cerca de 180 municípios do Ceará com matadouros públicos, somente 33 são licenciados pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). Isto significa que 78% das cidades estão consumindo a chamada "carne de moita", ou seja, o abate não aconteceu conforme as exigências básicas da Vigilância Sanitária.
De acordo com a normas sanitárias, o abate do animal e o manuseio da carne devem ser feitos sem nenhum contato com o solo. No processo, o animal deve ser colocado em um box de atordoamento, onde será sacrificado utilizando uma pistola pneumática. Em seguida, o corpo do animal é guinchado pela perna, através de trilhos aéreos, onde é levado ao tanque de sangria. Todo o manuseio deve ser realizado a um metro do chão. Quem realiza o corte deve estar com todos os equipamentos de proteção, de modo a não ter contato direto com a carne, garantindo a qualidade do alimento.
A Lei 12.505, de 9 de novembro de 1995, obriga a todos os matadouros do Ceará a utilizar o método cientifico, com uso da pistola pneumática no abate de animais e proíbe a utilização de marreta, foice, machado, entre outros utensílios similares. Porém, segundo ela, há uma constante luta para que a legislação seja cumprida no Estado.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-CE), José Maria dos Santos Filho, o consumidor que se alimenta de carnes abatidas em locais que não seguem as normas da vigilância sanitária, pode adquirir aproximadamente 200 doenças que podem ser transmitidas dos alimentos ao homem, através da ingestão de toxinas, bactérias e vírus. A maioria dos matadouros públicos. "Em sua ampla maioria, não passa de umas moitas oficializadas já que não atendem aos mínimos requisitos. (Diário do Nordeste)
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