terça-feira, 29 de abril de 2014

'Temos de aceitar as críticas' do COI, diz Paes sobre 2016 Prefeito do Rio prometeu, mais uma vez, que tudo será entregue no prazo. Para o vice-presidente do comitê, situação está 'crítica', mas não existe um plano B

Prefeito do Rio prometeu, mais uma vez, que tudo será entregue no prazo. Para o vice-presidente do comitê, situação está 'crítica', mas não existe um plano B

Eduardo Paes, prefeito do Rio
Eduardo Paes, prefeito do Rio (Eliária Andrade/Agência o Globo)
Eduardo Paes foi incapaz de rebater os comentários preocupados do Comitê Olímpico Internacional (COI) quanto aos atrasos do Rio de Janeiro na preparação para a Olimpíada de 2016. Ninguém melhor do que o prefeito sabe que não há tempo a perder. "Temos de aceitar as críticas e trabalhar muito, com zelo e dedicação, para entregar tudo direitinho", limitou-se a declarar Paes, depois de ver o vice-presidente do COI, John Coates, manifestar publicamente sua irritação com os problemas observados na próxima sede olímpica.
O cartola aumentou ainda mais a pressão sobre os brasileiros ao dizer, durante um fórum sobre os Jogos em Sydney (palco de uma Olimpíada considerada exemplar), que o Rio de Janeiro vive situação "crítica", com os piores preparativos que ele já viu em sua carreira. Coates visitou a capital fluminense seis vezes como membro da Comissão de Coordenação do COI que supervisiona os Jogos. O australiano disse que a equipe carioca tem o mesmo tamanho da que estava envolvida nos Jogos de Londres-2012 nessa mesma etapa dos preparativos (cerca de 600 pessoas), mas não conta com a experiência necessária para a empreitada.
Coates descartou, porém, a possibilidade de transferência dos Jogos para outra cidade-sede, como os mais pessimistas chegaram a defender. "O COI adotou um papel mais ativo, algo sem precedentes para o comitê, mas não há plano B. Vamos ao Rio." Mas confirmou que o Comitê se viu obrigado a adotar medidas "sem precedentes", colocando especialistas para atuar no comitê organizador e para garantir que o megaevento seja preparado a tempo. "O COI criou uma força especial para tentar acelerar os preparativos, mas no local a situação é crítica", afirmou.

O que falta para concluir três obras cruciais da Olimpíada

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Subestação Olímpica

Função: fornecer energia elétrica ao Parque Olímpico
Custo: 152  milhões de reais
Início: as obras ainda não começaram
Promessa: conclusão em maio de 2015
Como está: só em janeiro foi criada a empresa responsável pela construção e pela operação do empreendimento
Por que atrasou: a subestação não estava  prevista no dossiê de candidatura do Rio e sua construção foi uma exigência do COI, feita no fim do ano passado
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Projeção divulgada pelas autoridades municipais do Rio mostra como deve ficar uma das regiões transformadas pela Olimpíada de 2016
Projeção divulgada pelas autoridades municipais do Rio mostra como deve ficar uma das regiões transformadas pela Olimpíada de 2016 - Empresa Olímpica Municipal/Divulgação

Os exemplos de Londres 2012 para o Rio 2016

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Alternativas para o trânsito

Londres apresentou excelente gerenciamento de transporte e fluxo de multidões. A cidade, que já é reconhecida por ter um dos serviços de transporte mais completos do mundo, desenvolveu uma campanha específica para evitar transtornos no trânsito. Além de aumentar a capacidade do transporte público para atender à grande demanda, a organização dos Jogos incentivou os moradores a trabalhar em horários alternativos ou em casa e a tirar férias durante o período.
(Com agência France-Presse)

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