sábado, 27 de setembro de 2014

TRABALHO: CE tenta novo recorde de transplante de órgãos




Postado por Erandir santos, em 27 de setembro de 2014

Com o Dia Nacional do Doador de Órgãos, comemorado hoje, a expectativa é superar 1.365 cirurgias

Pelo quarto ano consecutivo, a marca de mil transplantes de órgãos é superada no Ceará. De acordo com dados da Central de Transplantes da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), 1.010 procedimentos foram realizados até o momento. A expectativa é que, com a ajuda do Dia Nacional do Doador de Órgãos, comemorado hoje, o número de doações aumente e o recorde de 2013, 1.365, seja superado.
Neste ano, já foram 214 transplantes de rim, quatro de rim/pâncreas, 17 de coração, 151 de fígado, oito de pulmão, quatro de valva cardíaca, 565 de córnea, cinco de esclera e 42 de medula óssea (40 autólogos - quando o órgão é da própria pessoa - e dois alogênicos - entre pessoas diferentes).
A coordenadora da Central de Transplantes da Sesa, Eliana Barbosa, comemorou que o Ceará tem, hoje, a taxa de 26,3 doadores para cada 1 milhão de habitantes. Número maior até que a média nacional, que é de 13,3. "Podemos comparar o Ceará com países desenvolvidos", diz.
A coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos, Tecidos e Transplantes (Cihdott) do IJF, Lisiane Paiva, explicou que as famílias são parte importante nesse processo, pois, ao mesmo tempo, são multiplicadores e apoiam o trabalho dos profissionais que ajudam na captação de órgãos, motivando a continuar o trabalho.
Durante os sete meses que passou esperando o seu novo fígado, o presidente da Associação Cearense dos Pacientes Hepáticos e Transplantados (Acephet), Wilter Ibiapina, se sentia à beira de um abismo devido aos vários dias de agonia. "Depois do transplante, tive uma renovação em minha vida. Pude ver meus filhos se formarem e meus netos nascerem. Tento ajudar pessoas com o mesmo problema".
O autônomo Cícero Ronaldo, morador do município de Pedra Branca, aceitou doar os órgãos do seu filho Gabriel, após a sua morte encefálica. Desde então, a saudade é grande, no entanto a família se lembra que ajudou várias pessoas. "Não tivemos dúvida e autorizamos a doação. Estamos muito bem, porque isso nos aproximou de Deus", frisa.
Campanha
Doar órgãos é um ato de solidariedade. É também quebrar barreiras do preconceito e amar anonimamente. É dar chance e alegria aos que lutam pelo recomeço de sua vida. Pensando nisso, a Fundação Edson Queiroz lançou o Movimento Doe de Coração, que fomenta a conscientização pela doação voluntária de órgãos no Ceará.
Neste ano, a iniciativa chega à sua 12ª edição. Realizada todo mês de setembro, a campanha sensibiliza a sociedade sobre a temática através de anúncios em veículos de comunicação, distribuição de cartilhas, cartazes e camisas. Há ainda a mobilização realizada em hospitais públicos e privados, clínicas, escolas, no Sistema Verdes Mares, na Universidade de Fortaleza (Unifor) e em outras grandes entidades.
Para a reitora da Unifor, Fátima Veras, desde que a campanha teve início, o nível de conhecimento das pessoas sobre o assunto aumentou bastante. Por isso, a iniciativa ajuda muito aos profissionais. "A campanha é de utilidade pública. É um excelente trabalho de prevenção e divulgação de doação de órgãos", acrescenta.
Fátima ressalta que os dois lados do transplante são abordados, já que existe a campanha de esclarecimento, feita pelo Sistema de Comunicação, fazendo com que a população tenha mais conhecimento sobre o assunto e se integre à causa. "Além disso, os profissionais de ponta conseguem melhores condições para trabalhar para que os transplantes aconteçam de forma mais exitosa", avalia.
Eliana Barbosa destacou que, no Estado, vários fatores contribuem para o aumento no número de doações, e um dos principais é justamente a Doe de Coração. "A campanha é importante porque conscientiza a população ao longo de todo o ano. Isso impulsiona as doações", conclui.
Fonte: Diário do Nordeste
Imagem: Internet

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